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Imersão, ambientação, ou harmonia rítmico-espacial

O termo musical ou acústico “imersao” ou « espacialização » indica que os sons podem emanar de vários lugares numa sala, além do palco ou da tela de cinema. Estes sons mexem no espaço e desenvolvem movimentos sonoros e acústicos às vezes muito complexos. Diferentemente da harmonia rítmico-espacial, o termo « imersão » não pressupõe nenhuma regra específica nas “conversas” musicais entre os polos situados fora do palco, na organização tempo-espaço dos movimentos sonoros, nem na localização das fontes sonoras na sala.

A « ambientação » que se pratica muito hoje aponta uma imersão « acústica » pela « profundidade » sonora que permite ao ouvinte « sentir » as dimensões da sala pela percepção da propagação do som no espaço. A ambientação, uma arte também muito complexa, não pressupõe nenhuma linguagem musical específica na organização tempo-espaço dos movimentos sonoros ou na localização das fontes sonoras, ao contrário da harmonia rítmico-espacial.

A harmonia rítmico-espacial se diferencia da imersão ou da « ambientation » por ser uma linguagem musical em 3D, e não uma “espacialização” acústica dos sons. Obedece a regras precisas, baseadas nas leis naturais da proxemia física e temporal[1].


[1] Estética da composição, Reflexões e pesquisas transdisciplinares para o século XXI, Isabelle Sabrié, 2012. Inédito, todos os direitos protegidos.